Novo Peixe-boi é descoberto na Amazônia por fóssil de 45 mil anos
É incrível saber como eram os animais antigamente, são por causa de anos e anos de estudos que conhecemos bem os dinossauros, mamutes, insetos colossais e outros animais fantásticos, dessa vez é o peixe-boi-amazônico com mais 45 mil anos e o melhor: descoberta brasileir!
Até agora conhecíamos somente três espécies de peixe-boi: o Africano, o Marinho e o da Amazônia.
Mas parece que um fóssil mudou isso. Encontrado por garimpeiros na Rondônia, o fóssil de um mamífero marinho, que data mais de 45 mil anos, foi reconhecido como a mais nova espécie de peixe boi.
Esse trabalho foi publicado na revista acadêmica Journal of Vertebrate Paleontology no dia 17/01/2020
Origem do seu nome
Seu nome atualmente está somente o científico, mas apesar ser do mesmo lugar do Peixe-boi-da-amazônia, não se deve confundir, pois essa nova espécie descoberta é diferente de todos os outros Peixes-bois.
Seu nome científico é Trichechus Hesperamazonicus, da ordem dos Sirenias, da familia dos Trichechidaes.
Suas Principais Características
Como dito antes, ele é diferente das outras espécies e o maior motivo é a sua arcada dentária.
Segundo os pesquisadores, esse Peixe-boi tem os dentes grandes, proporcionalmente maiores que o do Amazônico, que acaba se assemelhando com o Africano e Marinho.
Já a sua mandíbula inferior é parecida com o do Amazônico mas a parte posterior não se parece com nenhum peixe-boi fóssil existente.
Acreditam que todas essas diferenças estão relacionadas a sua dieta e mastigação.
O Hesperamazonicus é bem grande, ele é maior que o marinho e o da amazônia. O tamanho do crânio é bem perto das medições do Africano.
Lembrando que o peixe boi chega a ter 450 kg e pode chegar medir até 3,5 metros, ou seja, do mesmo tamanho que duas pessoas de 1,75m juntas.
Onde Podemos Encontrar?
Atualmente ela já está extinto. O fóssil foi encontrado no Rio Madeira, Rondônia, que é na bacia amazônica.
Mas esse lugar não tem mais peixes-bois e nem tem como ter, isso porque o ambiente de corredeiras e águas rápidas não é propício para a espécie.
Ele viveu no bioma amazônico do Brasil no período pleistoceno superior, ou seja, de 10.000 a 82.800 anos atrás, época em que os mamutes foram extintos.
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Hábitos do “Novo” Peixe-boi
Pelos dados da pesquisa, uma das hipóteses é que o mar é sua origem.
Como assim? Não foi encontrado em Rondônia?
Ednair Nascimento, diretora do Museu da Memória Rondoniense (Mero) explica:
“Há aproximadamente 5 milhões de anos, o Oceano Pacífico entrava na Amazônia. Com o soerguimento das Cordilheiras dos Andes muitos animais ficaram presos aqui, como por exemplo, esses Trichechus”
O artigo diz que ainda precisam estudar mais para confirmar se ele evoluiu inicialmente já no rio como habitat natural e depois invadiu ambientes marinhos ou se o peixe-boi de água doce que é o resultado de invasão de habitats costeiros.
Onde Ficará o Fóssil?
O Trichechus amazônicos está na Universidade Federal de Minas Gerais para estudos e deverá volta para Rondônia em fevereiro deste ano(2020).
Seu destino será o Museu da Memória Rondoniense, onde será exposto para a população ver a nova espécie de peixe boi.
“Há todo um protocolo de envio. É um material frágil e não pode ser simplesmente enviado via correio. Então um pesquisador é que vai trazê-lo no mês que vem. Já estamos na tratativa para que esse material retorne. O tombamento específica que ele pertence ao Museu da Memória Rondoniense” diz Ednair.
Os pesquisadores do estados dizem estar bem satisfeitos com o artigo e que é motivo de orgulho.
Curiosidades
- Graças a pesquisa os intercâmbios científicos que ocorre entre as instituições faz com a Região Norte ganhe prestígio no exterior;
- A descoberta do fóssil foi na década de 1990 pelos garimpeiros que trabalhavam no distrito de Araras. O garimpeiro que trabalhou lá tinha levado o material com ele para o Rio Grande do Sul e somente depois que ele morreu que foi doado para a UFMG pela sua família;
- Com a descoberta os pesquisadores agora tem mais informações para conhecer o cenário amazônico de mais de milhares de anos atrás
- Foram os 3 peixes-bois que existem atualmente e o dessa descoberta, existe mais uma espécie da ordem dos Sirênias, o Dugong dugon, os dugongos. Eles lembram muito os peixes bois mas são só primos, o dugongo é da família dos Dugongidae, sendo ele o único representante não extinto, então se vê essa belezinha aprecie ela.
Somos Ricos e Muitos Não Sabem
É incrível como nosso país é rico na fauna e flora, e essa descoberta só reforça mais ainda isso, como será que era nosso Brasilsão bem antigamente?
Isso mostra também que nossos pesquisadores estão trabalhando e nos representando bem e dando orgulho para nossa nação.
O que devemos fazer é respeitar a natureza, pescarmos sem prejudicar a espécie e que se for para ser extinto que seja naturalmente, vamos nos manter conscientes para poder aproveitar o máximo do que temos!
“A gente trabalha para que o conhecimento produzido aqui não fique só na nossa região. O conhecimento tem que ser compartilhado com o mundo inteiro. Há ciência em Rondônia. A pesquisa regional se encaixa nesse grande quebra-cabeça e traz luz para ciência”, comenta Glenda Fênix, arqueóloga da Universidade Federal de Rondônia (Unir).